7 de Setembro chegando, dia que comemoramos o Grito do Ipiranga. Que tal um Especial da Independência do Brasil?
Curiosidade: muita gente acha que a independência brasileira foi apenas um acordo simbólico e financeiro com Inglaterra e Portugal, embora isso não seja verdade. O grito de independência em 7 de setembro de 1822 foi apenas um dos capítulos da guerra de separação que ocorreu entre 1821 e 1825. Embora tenha sido de menor escala, os embates entre as forças fiéis a coroa portuguesa e as tropas do recém criado Império do Brasil deixaram marcas profundas no país, influenciando inclusive a liberdade uruguaia.
Como homenagem, hoje vamos falar de quatro livros com temas voltados a revoluções e lutas por liberdade.
Os bichos de uma fazenda se veem explorados pelos humanos, donos do lugar. Enquanto os cavalos aram o campo, as vacas proveem o leite e as galinhas botam os ovos, os homens bebem, dormem e se esbaldam. Liderados pelo porcos, ditos serem o mais inteligentes do lugar, os animais unem forças, expulsam os humanos e abrem caminho para uma nova era onde os animais são todos iguais.
Mas com os porcos agora no poder, será que os direitos de todos serão realmente justos? Todos os animais trabalharão igualmente em prol do benefício comum? Ou será que, sendo todos o animais iguais, alguns são mais iguais do que os outros?
Uma brilhante sátira do período pós Revolução Russa. George Orwell é um gênio da literatura.
O maior épico de Victor Hugo, Os Miseráveis é uma obra poderosa sobre a relação do Estado e do ser humano, e como essa relação pode influenciar a vida de um homem.
Jean Valjean é preso por roubar um pão para sua irmã e seus sete sobrinhos, que morriam de fome, e passa dezenove anos sob trabalho forçado. Ao ser liberto percebe que não terá chances de arrumar trabalho ou respeito devido a seu passado de presidiário.
Passando no mesmo período da Revolução de Julho, que acabou na abdicação do rei Carlos X da França, Os Miseráveis conta os sofrimentos da população sob um jugo injusto.
Como seria o mundo se fosse governado por um deus? E se, para manter o equilíbrio social e econômico, a população fosse dividida entre uma pequena nobreza rica e uma enorme quantidade de pessoas subjugadas e trabalhando em regime de semi-escravidão?
Essa é a premissa básica do primeiro livro da série Nascidos da Bruma, de Brandon Sanderson. Kelsier é um sobrevivente da classe trabalhadora que bola um plano para derrotar o Lorde Soberano e trazer mais igualdade num mundo repleto de preconceito e miséria.
Mas nem tudo é tão simples quanto parece…
Mega clássico do monstro Alan Moore.
Evey é uma jovem com grandes dificuldades financeiras que vive em uma Inglaterra oprimida por um governo fascista. Em uma noite ela é capturada por membros da polícia secreta do governo e, antes que pudessem fazer qualquer coisa, são confrontados e mortos por um homem mascarado que se autodenomina V.
Buscando vingança e liberdade, V parte em uma cruzada solitária contra o governo e as figuras que o compõe.
O filme é muito famoso, mas como no caso dO Iluminado, de Stephen King, Alan Moore, o autor original, não é muito fã da adaptação.
Embora o filme seja, inegavelmente, uma grande obra, o principal duelo ideológico da história impressa é entre o fascismo do governo autoritário e o anarquismo de V. O filme, entretanto, tem poucas reais referências anarquistas e o governo é mais conservador do que propriamente fascista.
Segundo o próprio Alan Moore:
“Não havia nenhuma menção real a anarquia, pelo menos até onde pude ver. O fascismo apresentado foi completamente desarmado. Quer dizer, eu acho que qualquer referência a pureza racial foi eliminada onde, na verdade, fascistas são bem focados em pureza racial”
Devido a tais mudanças no tom, o duelo moral se assemelhou mais a algo como liberalismo contra neoconservadorismo, o que incomodou o autor.
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