Resenha: O Protegido – Peter V. Brett

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Imagine um mundo onde não é possível sair a noite. Toda noite os terraitas, demônios de pedra, areia, fogo, saem do chão para buscar e devorar humanos. A única proteção que estes possuem são símbolos antigos e misteriosos que precisam ser desenhados sob superfícies para impedir a aproximação dos terraitas.

Esse é o mundo de que Peter V. Brett nos mostra. As pessoas vivem com medo, e toda a rotina gira em torno da noite e das proteções desenhadas. O problema é que o desenho pode começar a se desgastar, ou ser coberto por algo, o que faz com que perca o poder misterioso que emana. Portanto, mesmo tomando cuidado e sendo meticuloso, o perigo ainda é real.

O primeiro capítulo do livro já mostra a dificuldade e tristeza que é a vida ali. Arlen Bales, um garoto de nove anos, acorda de manhã e precisa ir a uma vila vizinha, que sofreu um ataque dos terraitas durante a noite. Ele chega ao local com seu pai e vê que todas as casas foram consumidas pelo fogo das criaturas. O veredicto é que uma das proteções falhou e que o fogo se alastrou para toda a comunidade. Por isso, as pessoas tiveram que abandonar suas casas, fugir e se esconder dos terraitas, uma tarefa praticamente impossível. Arlen inclusive encontra um tio seu, um dos únicos sobreviventes do massacre, mas logo fica claro que, apesar de ter sobrevivido a noite, alguma coisa se quebrou dentro dele. Poucas páginas depois, o tio comete suicídio.

Quando voltam para casa, após ajudar a comunidade, as trevas já estão se erguendo no horizonte. Por conta de ações do próprio Arlen, e da noite chegando rápido, sua mãe é atacada pelos terraitas, e apesar de ser salva, contrai uma febre agressiva. Arlen e seu pai precisam sair da fazenda para buscar alguém que possa curar a febre.

E esse é só o começo da obra.

O livro conta com dois outros personagens principais: Leesha, uma jovem que está para se casar, e Rojer, um jovem que é criado pelo músico que o salvou dos terraitas no passado.

Sinistro e Misterioso

Um salve para o autor, pois o ambiente e clima de desesperança e resignação são palpáveis.

Peter V. Brett consegue criar um mundo coberto de tristeza e tensão, porém verossímil. As explicações para os fenômenos, a história do mundo e o funcionamento das pessoas, povos e economia são críveis e engenhosos.

O mundo criado por Peter V. Brett é sensacional, e o livro tem uma narrativa muito forte, e personagens cativantes. Arlen Bales, nesse livro, é um ótimo personagem.

Nota 3.5 de 5.

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