Depois de um início com alguma volta às origens, o episódio 2 foi basicamente de preparação e construção de personagens. Dada a expectativa que ronda à porta, é natural que esse seja um episódio mais devagar.
Essa é uma resenha com spoilers.
A chegada de Jaime Lannister no norte causa o impacto que era esperado. O homem responsável pela queda de Bran da torre, pela luta contra Ned Stark nas ruas de Porto Real e pelo assassinato do Rei Louco foi julgado exatamente por aquelas que mais foram impactadas por suas ações: Sansa e Daenerys.
<figcaption id="caption-attachment-855" class="wp-caption-text">Foi por pouco hein camarada</figcaption></figure>
A Rainha dos Dragões tinha como intenção eliminar o “vilão”, e nem mesmo o conselho de Tyrion a tinha dissuadido. Foi necessária uma intervenção de Bryenne para que Sansa perdoasse Jaime, e um leve apoio de Jon Snow para sacramentar a decisão.
Bom perceber também que, após tantos erros de julgamento, Tyrion tem sua posição ameaçada, e que Daenerys está com cada vez menos paciência para seu principal conselheiro e Mão.
<figcaption id="caption-attachment-856" class="wp-caption-text">Tyrion achava que seria moleza ser conselheiro…</figcaption></figure>
A cena entre Sansa e Daenerys foi perfeita. Ambas tentando aproximar a distância que as separa, mas os problemas são grandes demais para uma real amizade. Daenerys tenta evitar a conversa franca e direta, se apoiando nos sentimentos que tem por Jon, mas Sansa a pressiona contra a parede, o que faz com que permaneçam apenas como “aliadas temporárias”. Ótimo conflito de interesses.
<figcaption id="caption-attachment-857" class="wp-caption-text">“E depois que a treta passar hein? Vai querer sair na mão, é isso?”</figcaption></figure>
Theon voltando para servir Sansa foi uma cena muito bacana também.
O ponto alto fica na cena onde Tormund, Jaime, Tyrion, Davos, Podrick e Brienne estão sentados conversando em frente ao fogo. Essa cena é um dos motivos de Game of Thrones ser Game of Thrones. Basicamente nada acontece que mova a história em frente, mas o aprofundamento do relacionamento dos personagens faz muitos dos percalços valerem a pena. E, quando Jaime sagra Brienne “Cavaleira dos Sete Reinos” é impossível não se emocionar.
Eu não vi o terceiro episódio, mas posso garantir que vai dar algum problema nas criptas. O ponto foi muito reforçado por todos como “um local seguro”, e é óbvio que algo os irá provar errados.
<figcaption id="caption-attachment-859" class="wp-caption-text">“Como pode dar algo errado se esconder no meio dos mortos AO ENFRENTAR UM EXÉRCITO DE MORTOS VIVOS??”</figcaption></figure>
Por conta do ritmo mais lento do episódio, muitas pessoas reclamaram de “enrolação”. Discordo. Embora seja inegavelmente mais lento, a construção e evolução dos personagens mais do que fez valer a pena.
E eu não quero soar como o “pedante medieval”, mas por que você tem um castelo com muralhas se planeja levar a luta para fora delas? É difícil relevar a reunião de discussão de estratégias, onde é definido que vão usar Bran, um paraplégico, como isca no combate. Ou como vão liderar os soldados do lado de fora da muralha.
Um bom episódio. Mantém a nota do primeiro, 3 de 5
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