Já passou o hype desse filme, mas não custa fazer uma resenha curta sobre Bird Box, a obra que durante as semanas posteriores ao seu lançamento pela Netflix, foi o assunto mais comentado nas redes sociais e nas mesas de amigos.
A premissa da história é simples: as pessoas começam a se suicidar em massa ao terem contato visual com seres incorpóreos. Os tais seres nunca são mostrados, e fica a cargo da imaginação do espectador conceber como eles são.
O filme é contado pelo ponto de vista de Malorie em dois períodos distintos: cinco anos no passado, quando ela está nos estágios finais de uma gravidez indesejada, e no presente, onde Malorie atravessa um rio cuidando de duas crianças, todos vendados para evitar terem contato visual com os seres.
A obra tenta abordar alguns conflitos interessantes. Malorie se isola em uma casa com um grupo de estranhos. Para evitar visões indesejadas, eles trancam e bloqueiam as janelas, criando uma sensação de claustrofobia. Em quais daquelas pessoas se pode confiar? Malorie e outra mulher estão grávidas. Como deve ser a educação das crianças, dado que o mundo não vai voltar ao que era antes?
Isso tudo é visto nas cenas do passado. No presente, Malorie precisa cuidar das crianças em uma perigosa e cega travessia por um rio. Suas motivações são claras ao longo da obra, mas para cumprir o que deseja, Malorie esbarra na confiança. Como voltar a confiar em outras pessoas em um mundo perdido?
Bird Box tem um bom ritmo, e deixa o espectador sempre querendo mais. Os conflitos morais poderiam ser melhor aproveitados, mas é inegável que entretém, apresenta personagens interessantes e uma trama envolvente.
Nota 3.5 de 5.
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