No mundo de Asimov, os robôs são governados por apenas três leis.
O conceito é bem simples, mas o quanto essas regras podem ser distorcidas? Ou manipuladas?
Eu ainda não cheguei a ler a trilogia Fundação, que é considerada a maior obra de Asimov, mas acho difícil que supere esse livro. Não confunda com o filme de mesmo nome, apesar de usar algumas ideias do livro, a temática é diferente. A obra de Asimov é formada por uma série de histórias contadas por uma “psicóloga roboticista” – melhor emprego de todos os tempos – chamada Susan Calvin, onde ela mostra que, mesmo os robôs respeitando as três leis, várias anomalias ainda podem ocorrer.
A leitura é bem fluida e Asimov mostra porque é um dos mestres do gênero de Ficção Científica. Ele aborda temas complexos de maneira leve e engraçada.
Um dos pontos altos do livro é o conto sobre o robô que consegue, através da interpretação dos sinais cerebrais, saber o que as pessoas estão pensando. A premissa é bem simples e as utilidades parecem óbvias. Mas se um robô consegue ler a mente humana, ele consegue perceber que palavras e gestos podem ferir tanto quanto um ataque físico. E se palavras e gestos podem ferir, o que o robô deve responder ao ser perguntado sobre questões delicadas?
Incrivelmente contemporâneo, abordando questões mais relevantes do que nunca.
Com tantos sistemas autônomos hoje em dia, qual é o limite de atuação humano?
Nota 5 de 5.
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